Calasanz nasceu em 1557 e era caçula de oito irmãos de uma família muito religiosa e temente a Deus. Foi aluno das universidades de Lérida, Valência e, provavelmente, de Barcelona onde tirou seu título de Doutor em Teologia. Estudar em várias universidades abriu a mente e o coração de Calasanz a diversas correntes de pensamento e ao discernimento crítico delas.
Com toda essa formação, Calasanz decide ir para Roma a fim de consolidar seus estudos e obter novos títulos. Porém, nas ruas da cidade, converte-se ao encontrar a triste realidade das crianças e adolescentes. Então, cria uma instituição, capaz de mudar o destino desses preferidos do Reino de Deus, educando-os na Piedade e nas Letras, marcando com selo indelével todos os cidadãos, um selo que ficou impresso e gravado na mente e nos corações de todos, um selo de cunho profundamente cristão, um selo de educação que era, ao mesmo tempo, obrigatória, popular e gratuita.
Calasanz aguardou, com ansiedade, o fruto do trabalho educativo com crianças e jovens e entregou-se de corpo inteiro a esse serviço, pois tinha um coração nobre, simples e bondoso, bem como atencioso para com todos. Calasanz revelava ser ativo, criativo, audacioso, previdente e obstinado nas suas ideias. Na verdade, ele foi acima de tudo, um PIONEIRO, disposto a abrir novos caminhos, um homem, que imitando o exemplo de Jesus, enamorou-se dos pobres.
Um homem de mente arejada, Calasanz preparava o futuro a partir do presente. E não teria sido um grande pedagogo se não tivesse passado, primeiro, por essa experiência mística que o levou a acolher o Cristo nas crianças sem escola nem perspectivas de futuro digno. Sua pedagogia estava essencialmente a serviço do plano divino da salvação, não se limitando apenas a uma metodologia.
Portanto, Calasanz foi um homem que se definiu pelas suas próprias obras que tinham como consequência suas intuições. Enfim, sua vida se resume em duas frases que confirmam seus pensamentos: “Encontrei aqui, em Roma, a maneira de servir a Deus: servir às crianças e aos jovens. E não a abandonarei por nada deste mundo.” e “O apostolado da educação é o mais digno, o mais nobre, o mais louvável, o mais benéfico, o mais útil, o mais necessário, o mais natural, o mais racional, o mais grato, o mais agradável e o mais meritório de todos aos olhos de Deus.”
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